VERSOS SOLTOS (1)
Desejo escrever poesia com a alma, com intuição. Apreender os versos que defluem das multidões, A tomar o homem, e seus costumes, como exemplo. Contemplando seu arcabouço, suas vivências! Desejo mesmo que ela seja visceral, contundente. Que esparja os redemoinhos da mutação e das aparências. E consagre aplausos às criaturas, pelas vitórias, Impostas a si mesmo, e aos seus cotidianos! Quero pintar esses versos com as aquarelas, Da razão, da persuasão e da elação humana. Ensejo que as reflexões apontem as portas das cavernas, A invectivar tudo o que não se coaduna, Com a beleza que jorra das criaturas. Quero que meus versos indiquem caminhos, Desestabilizem as trincheiras os estratagemas, Abrindo as portas de um mundo novo, modificado, Aos homens renovando-os, apresentando as saídas... Não é pretensão, declinada na busca das vitrines. É uma vontade estonteante, de saber que o brilho, Que vejo nos olhos das criaturas humanas, Vale mais do que os holofotes do capitalismo. Albérico Silva. AlbéricoCarvalho
Enviado por AlbéricoCarvalho em 23/07/2012
Alterado em 07/12/2013 |