AMOR CORTÊS
AMOR COSTÊS Eu gostaria que meus versos tivessem rimas e aroma de sândalo, Em homenagem à fragrância que ela namora. Ou tivesse cheiro de terra molhada. Que as minhas palavras desconhecessem fronteiras, Pois ela habita além oceano. Queria eu me vestir dos versos, da messe dos poetas renascentistas. A declamar suas epopeias preferidas. Eu gostaria de ser onisciente, um semi-deus de vestes diáfanas, E reger uma orquestra de anjos Tocando harpas e banjos e suas árias preferidas. Queria anunciar-lhe meu amor através de uma sinfonia de clarins. Depor-lhe aos pés um buquê de flores translúcidas brotadas do céu. Fazer chover veeiro de constelação, de estrelas douradas para enfeitá-la. Destacar do arco-íris a cor de sua predileção, E com ela oferecer-lhe o meu coração. Albérico Silva AlbéricoCarvalho
Enviado por AlbéricoCarvalho em 23/07/2012
Alterado em 23/07/2012 |