AQUARELAS
As chuvas deram trégua! Aqui no nordeste quando não é seca é chuva. Quando não racha, encharca, enxágua! Parou de descer água dos morros, das encostas. Do cartão postal dessa cidade. Cessou o medo às vidas a afronta às casas... As emparelhas ainda se aprumam se agrupam, Se avolumam, trepam, estão vivas! Gozam. Mais parecem arranha céus decaindo de escarpas. Desafiando as leis da física. A chuva parou de andar, as águas pararam de descer, De crescer de rolar de brincar de fazer strike. As casas estão ali amontoadas, contudo salvas! Parou de chover, parou o medo! Vamos que é hora de felicidade, grita o rancho. Aqueles que já moram mais perto do céu, Numa ponte entre o purgatório e inferno! Mais parecem bandeiras desfraldadas, caricatas, Como se fosse fácil desafiar a vida. Albérico Silva AlbéricoCarvalho
Enviado por AlbéricoCarvalho em 25/07/2012
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