SEMELHANÇA
SEMELHANÇA
Tenho ido igual folha de papel. Horas, ao sabor de intensa aragem. Horas à mercê da calmaria, Que me define, que me conceitua! Folhas de espaços em branco em minha vida, O que me oportuniza fazer história. Tenho volitado e, de inopinadamente, Horas aterrisso abruptamente. de sobre aviso, Como folha de papel amassada, desgastado. Totalmente desgovernado por dentro e por fora. Sem reflexos de mim mesmo. Horas decolo aos solavancos, quase na marra. Pegando, como se diz na gíria, no tombo. Mas, continuo cônscio e vivo... Horas fico balouçando à deriva, Como um barco sem porto! Viajando entre pensamentos e fantasias. Tentando fugir da realidade! Fico assim entre sonhos e miragens... Entre rimas e metáforas, fazendo de conta. São nessas horas que nasce o poeta. Albérico Silva
AlbéricoCarvalho
Enviado por AlbéricoCarvalho em 06/09/2012
Alterado em 10/10/2013 |