LAVRADORES
LAVRADORES
Do suor das mãos que consagra, Abre-se em chagas a derramar orvalho sobre a natureza. Saciando o cio da terra! Dos pés gastos, solas pungidas, rotas e carcomes, Nascem rotas benditas, trilhas sonoras, A cantar cantigas nas oscilações das mãos que trabalham... Num apropriado colosso nas mãos que auxiliam! Singrando mar imenso, semeando esse manto verde. Plantando progresso! Fomentando o pão da vida! Nas entranhas da terra... Homens, lavando, enxaguando, Esse solo por dentro e por fora, Com o suor que desmorona dos poros. A deixar rastros de prosperidade... Mãos calosas, em cujos tilomas leem-se a realidade, E os históricos de vida! Olhar peregrinando sobre montanhas de sonhos, A vivenciar esperanças como fantasias, A beberem dos mesmos cálices, nas mesmas cacimbas... E, o Sol fastígio que lhe sorri na face, O torna mais um espantalho, E seguem,esquecidos no anonimato! Albérico Silva
AlbéricoCarvalho
Enviado por AlbéricoCarvalho em 14/09/2012
Alterado em 16/09/2012 |