RUAS
RUAS
O que oferecem as ruas? Vê-se em cada beco de cada rua, em cada esquina, Em cada transversal de cada rua, em cada viela, As mesmas sequelas, as mesmas cicatrizes! Mesmas atitudes discricionárias, mesmas solicitudes. Homens constituindo-se em lobos do próprio homem, Meninos correndo soltos sem rédeas... Corpos comercializando gozos. Gente falsificando felicidade! As ruas parecem tão estreitas, tão enigmáticas... Nas ruas, vê-se de tudo, São como dosagens de sal e pimenta! Gente de porre, no fito de esquecer a vida. Uns trafegam sem rumo, Outros por rumos exagerados! Que paz nos oferece as ruas? Quais apelos nos seduzem! Vê-se em cada rosto, Possíveis adversários. Sem percebermos que somos reflexos, De mesmos espelhos, Chamado coletividade! E marchamos com medo. Vejo também nessas ruas, marquises, E um amontoado de seres humanos, Sonhando, viajando, sob essas marquises... Albérico Silva
AlbéricoCarvalho
Enviado por AlbéricoCarvalho em 28/09/2012
Alterado em 28/09/2012 |