LUA
LUA
A Lua com a qual eu coexistia. Nos tempos idos e gloriosos da minha infância, A correr solto pelos campos como animal selvagem sem rédeas... Era como uma bola viva acesa, volitando num cenário de real beleza De imprescindível, e indefectível encanto as noites enluaradas.... Presente em nossas vidas, presente ímpar da natureza. E as brisas serenas que de lá provinham, ofereciam versos... E pintava o São Jorge da nossa imaginação. A Lua que vejo hoje é bola de pano prosaico, Pano-de-fundo de um triste cenário adjudicado pelos homens! Descaracterizada no progresso desmedido e reacionário e imediato. Corrompida, contaminada, por um capitalismo brutal. Já não prosa o romantismo de outrora, escassearam os versos... A deixar de ser, metáfora dos namorados. Perdeu-se em brilho, pois o Sol também já não é o mesmo. Perdeu-se, na obscuridade das fuligens e das paixões desfeitas pela usura! Pelas guerras de tantas bombas atômicas e anatômicas, e outros iguais ultrajes. E os miasmas nefários que ventam dessas bandas, são deprimidos versos... Tem embrulhado a Lua, nos oferecendo menos qualidade de vida! Albérico Silva
AlbéricoCarvalho
Enviado por AlbéricoCarvalho em 02/01/2013
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