SOL DA NOITE
Sol da noite,
Elas, flores decaídas, portas viciadas. Corrompidas, mercadorias expostas! Andorinhas perdidas na noite, e voam... E sonham, com as asas partidas,nesse modo de viver! Como pássaros de fogo, voam, e são como Sóis na madrugada, A vender sonhos, a comercializar sorrisos desenhados na boca. Milagre da multiplicação dos prazeres! A distribuir carinhos, a fazer de conta. A fechar as janelas na alma, a escancarar as rotas, as portas... Da razão, da servidão, cada vez mais desejadas, rodeadas e solitárias. Servis, serviçais, a vender imagens nesse labirinto! Profissionais, amadoras contudo, no que predispõe as emoções, A dissimular o que se passa no íntimo, como se fossem máquinas, A produzir, reproduzir, a repetir gozos em série! A deixar rolar na face, gotas de orvalho, Tempestades na alma a dar forma às lágrimas.... Espelhos a retratar fotografias das etapas vida, a estampar realidades... A pintar as lembranças, com as aquarelas da saudade. Hoje, flores murchas,estrelas cadentes, elas! Solda noite, como folhas de outono caídas. Albérico Silva
AlbéricoCarvalho
Enviado por AlbéricoCarvalho em 01/08/2013
Alterado em 02/08/2013 |