ESPAÇOS
Perdemos a cada dia, mais e mais espaços.
Estamos espremidos, enjaulados nessas metrópoles, Esses concretos frios, essas estruturas esses espigões. Essa vegetação insensível de cimento cada vez armado, Essas palmeiras, essas árvores, de ferro e arame farpado, São arquiteturas, construções dessas naturezas de barro. Aves sem pouso, sem repouso a voar habitats surrealistas. Esses espaços sem vida, apinhados de concreto. Os rios, são braços derramados entre galerias, e sagram, Choram,inundando as ruas inundando as vidas. Inventamos as exclamações alegres, de emoções! São esses emotions, essas carinhas felizes, Enquanto sorriem,estamos infelizes por dentro. Não há falta nessas ausências, apenas o pranto. Perdemos espaços, estamos comprimidos. Oprimidos, entalados, entalhados entre pretextos, Porque a ausência é essa carência consentida. Albérico Silva Esse é o meu último texto, em 2013, tem intuito de reflexão.Feliz Ano Novo,a todos, a todos que por aqui deixaram fluir suas emoções. silvacarvalho.
AlbéricoCarvalho
Enviado por AlbéricoCarvalho em 30/12/2013
Alterado em 30/12/2013 |