TEXTO
Minha poesia, é uma poesia, já requentada, pão dormido.
Versos velhos, mesmas avarias, mesmas inconformidades... Mesmos verbos, mesmas rumas em diferentes cenários. Mesmas vitrines,sons de mesmas vozes, mesmo refrão! A anunciar o homem, a falar das suas máscaras... A destampar as bocas de lixo, abstrato da sociedade. O homem se despe nas peles que cria, irracionalmente. E há uma poesia absolutamente dúbia em cada ser. Versos desse celeiro, adjetivações, nos espelhos, espinhos. Provam do mesmo sal e pimenta, temperando mesmos gestos... Há vestígios nas cavernas de humanidade,em cada um de nós. Comemos do mesmo pão, traímos na mesma cachaça. Derramamos os cálices, nas igrejas, e nos julgamos quites. Dançamos mesmas inverdades,e cremos falar em nome de Cristo. E como querer rasgar a lona desse circo,se somos seus atores! Albérico Silva
AlbéricoCarvalho
Enviado por AlbéricoCarvalho em 21/06/2015
Alterado em 27/02/2017 |