VELHO
Que geografia, se alterou nesses anos..., nesse rosto. As mãos, também, bem que denunciam as mudanças... E já se movem cordatas, brandas, porque já foram ágeis. O vigor de ontem, cedeu lugar à cautela e a temperança. Os cabelos se perdem, escasseiam..., entre nuvens cândidas, Outono glacial, de onde despencam as folhas brancas... Porém, são simples desgastes naturais da natureza, E essa nova paisagem é belíssima, bucólica, perseverante. E exprime o privilégio de se ter vivido longas jornadas... A palavra velho, fica bem acima, de qualquer conjectura. Temporal, pois, a definição, velho, não é precisa, nem espacial... Os traços, desse semblante, nesse ser, são graves e suaves, E o termo, velho, soa pejorativo, e já soa velho,sem precisão, Diante de suas ações ínsitas, assisadas, valorativas, probas. Incidentais, para quem viu, e ver a vida repleta de amanhãs... Nessas estimações apropriadas que creditam essa existência. E bem sei, que os anos se diluíram nas primaveras, Contudo,o panorama que se renova, atesta a beleza desse ser ... E seu exterior, é essa vista, terna, festiva, de serena bonança. E há que se adjetivar, que tais sabedorias, é somatório, Desses seus aprendizados, dessas vidas, desses exemplos... Dessas suas vivencias, desses ensaios..., desses insights... Desses modos, dessas verdades..., que o trouxe até aqui! Então, essa expressão, velho, não é apropriada,nem galante, É esdrúxula, pífia, e não faz jus a esse feitio que se renova... Nesse ser, que tem determinadas respostas sobre a vida, Se apoiando nesses tirocínios, para seguir vivendo! Albérico Silva AlbéricoCarvalho
Enviado por AlbéricoCarvalho em 27/05/2016
Alterado em 04/07/2016 |