NÓS
Estamos nos distanciando cada vez, de nós mesmos,e paga-se por essa inflação. E a solidadão da nossa era moderna congestionada, parida nas redes sociais, É um exemplo de nosso isolamento, olhos perdidos nas telas, repetindo gestos... Usamos tantas, e diversas alcunhas, que esquecemos as nossas fomes, o que somos, Os nossos compromissos, mostrando o inverso do rosto do nosso panorama interior. Esse tem sido o asilo da nossa era moderna, muita amizade virtual, e pouco calor. Pouco aconchego, pouco olho no olho,dessa paisagem onde as verdades emocionam. Temos formado nossas ilhas,e os olhos ficam à deriva fitando o que acreditamos ser E esse narcizismo barulhento, e pouco empenho nas relações, são carinhos sem ecos Daí as tempestades derrubarem os aguaceioros dos olhos, e o inverno acenar a alma Tudo isso tem desenhado nossas hipérboles, os nossos medos, e dançamos os fados. Temos bailado sozinhos com nossas alucinações, e temos perdido nossa identidade! Perfis do que não somos, pois nosso exterior é essa estampa,maravilha do século! Cultuamos o corpo, e esquecemos a mente, e os valores dançam, e escoam no ralo... Somos matrizes e filiais de mesmas opiniões, mesmos gostos, e marchamos em fila, E há uma semelhança intrínseca, com os gados que marcham para os matadouros... Estamos a aviar nós mesmo, nossa analogia, e o que somos são apenas holofotes, Vitrines cujos espelhos, de fato não refletem nosssas apatias, e assim implodimos! Pagamos o valor dessa era moderna, e nos dintanciamos das verdades, atônitos... Pagando o preço das nossas elaborações, nossas fantasias, de nossas frustrações. E moramos, e vagamos nas mesmas filas, e comemos das mesmas rações... Bebemos do mesmo cálice, comemos da mesma pimenta, salgamos com mesmo sal. Albérico Silva AlbéricoCarvalho
Enviado por AlbéricoCarvalho em 15/12/2017
Alterado em 16/12/2017 |