VISÃO
Os versos da minha poesia, tem se debruçado sobre os beirais das janelas dos meus cálices. Tem inflamado,e rasgado meu peito, derramando os versos, e na pele vulcões em atividade Obtempero, e não só vejo imagens das nossas fomes triviais, mas, os rios que transbordam, Sobre as nossas faces, essas cachoeiras figurativas, a emoldurar aspectos de nossas vidas! E os holofotes clareiam os palcos de mesmas vitrines, e vejo nossos circos,nossos vernizes... Vejo narizes iguais, mesma tinta a falar da expressão, mesma pantomínia, gestos, e vozes. Mesmas ilhas, faróis a alumiar mesmos becos, vaga-lumes dançando nas mesmas estradas Assim versejo sobre o sorriso amarelo desse trapézio, desse colorido de nossa emoção! E sobre os nossos disfarces mostrando prismas de mesmo ângulo das nossas verdades. Destarte aproveito o ensejo, e contemplo minha face no espelho, e vejo grande multidão. Nessas horas os verbos despem os versos, e os nossos desejos, e o amor tem sido fugas! É que, tudo nos contamina, e nos envolve, nos corrompe, deprime, satiriza, nos perde. Aproveito a ocasião, observo nossas fragilidades, os nossos medos, e cubro o espelho! Assovio o refrão, falo as mesmas sílabas, danço da mesma dança, bebo no mesmo poço. Mas, não bebemos da mesma sorte, pois somos as nossas escolhas, e criamos caminhos... Assim, desenhamos as ladeiras, e caimos braços abertos nas redes dessa era, várias vias, Máscaras,, adornando nossa personalidade, risos e caricaturas, e assim mercamos o peixe! Cantando às vezes as canções,sem saber os refrões, fazendo mímica, cantarolando a vida. E as hipérboles ficam dançando, as metáforas satirizando os sonhos, vestindo ilusões... Dessarte,tudo é tão quimérico, quão real, apócrifo, a dar ilídima dimensão das nossas vidas! Contudo nem tudo é caos, nem trincheriras, o homem se renovará, aprenderá os caminhos... Albérico Silva '' AlbéricoCarvalho
Enviado por AlbéricoCarvalho em 07/04/2018
Alterado em 11/04/2018 |