Um dos anagramas da palavra OSCAR, é a palavra, CAROS..., contudo, bem que poderia ser igualmente a palavra INTERESSES.
O Oscar 2021 nos trouxe novos aspectos, pois a arte sempre se renova. Porém,também ratificou esse estado de coisas que estamos vivendo, e dentre eles, a inversão de valores, e no meu modo humilde de ver, isso ficou indenticamente marcante, é que infelizmente chegou também até as artes, à ACADEMIA, a voz glutônica do capitalismo. Ou na realidade, sempre foi essa voz quem rugiu mais alto?
Várias películas receberam várias indicações, em diversas categorias, e a de melhor filme me chamou a atenção, pela diversidade dos temas abordados o que nos possibilitou voltar aos tempos dos BLUES, a interiorizar, a ouvir o SOM DO SILÊNCIO, a ver o MESSIAS, na cor da pele, a QUERER O CAMINHO DA LUA, a fazer a nimação com SOUL, oportunizando-nos exteriorizar a criança que existe em cada um de nós.
A morte é um fato! Abordar tais aspectos é de grande relevância, e mesmo no século 21, ainda é um tabú! Ainda não estamos preparados para enfrentar tal "perda", e nos fragilizamos ainda mais, diante dessa "viagem", se é que nesse contexto possamos usar tal analogia, e conjugar o verbo perder. E isso vem desde Caim e Abel!
No que concerne ao envelhecimento, entender e vivenciar, esse processo natural é necessário, e às vezes as suas mazelas, em decorrência das demências, Mal Parkinson, Mal de Alzheimer, etc., etc., nos aproximando mais ainda da nossa realidade, como seres humanos,no entendimento de que o envelhecimento é gradual, e é belo envelhecer!
Fazermos referências aos diversos aspectos desse contexto, é ciência, e estudarmos as diversas nuance desse estágio, é crescimento, e o recorte no filme nos trouxe a possibilidade de estarmos em contato com a demência, os seus efeitos, as suas consequências, e foi de uma riqueza incomum, pois nos oportunizou tirarmos os espelhos da parede, e vermos o futuro, onde a medicina deverar ir, assim como nós, EM BUSCA DA FELICIDADE.
Porém, o set, não é de CHICAGO, e esse é o nosso cenário no qual ensaiamos nossos tribunais particulares, e fazemos das nossas guerras idividuais nossas trincheiras de Democracia.
O OSCAR 2021 foi riquíssimo, no que concerne aos seus temas, como essas abordagens propiciaram aos amantes da sétima arte, um entendimento, um envolvimento, e até mesmo uma expectativa no que diz respeito aos elementos que poderiam,ou puderam proporcionar os êxtases, as catarses, no tocante a levar o telespectador a fazerem as suas viagens interiores,a exprimir os seus gostos, todavia,não esquecendo que o bom gosto é universal.
E cada qual com suas preferências, sim, e seus interesses, e suas individualidades, sua identidade cultural, e essas características, norteiam seus pilares, e os seus atributos morais e éticos que pautam a sua conduta como ser humano,norteiam seus princípios, daí suas escolhas serem robustecidas pelas suas verdades, e creio que o gosto deriva esse conjunto de coisas, e são espelhos!
As multinacionais Amazon, Coca-Cola, Pepsi-Cola, e outras tantas, neófitas, contudo, com igual apetite também muito voraz, aplaudiram,e expuseram sua identidade cultural, ou pelo memos satisfizeram seus interesses.Somos responsáveis, direta, indiretamente por esse estado de coisas, financiamos esses filmes, financiamos o OSCAR, falando como baiano genuino, quando degustamos um acarajé, bebendo uma Pepsi, ou uma Coca-Cola, estamos patrocinando essa arte, e ratificando também nossos interesses.
Entendo serem todos esses aspectos uma Batalha de Pirro!Mais, existe uma BELA VINGANÇA,2022...,tem OSCAR!
A minha expectativa, como telespectador, como cinéfilo,me fez lembrar MEU PAI. E me fez entender que nesse contexto o qual vivemos, o MESSIAS, não, mas, o JUDAS É NEGRO!