POESIA URBANA Muita gente, serpentes, muita megalomania. Muitos cubículos e muita..., gente enjauladas, Nas janelas, puxando a sua cota, de ar puro? Não há ventilador e silêncio para tanta gente! Pulmões inflados, pelo capitalismo, indômito! Bebendo das mesmas, água mineral, potável. Apatia, pás, abrindo cova, cemitério de vivos. Há muito nós deixamos de ser porco-espinho. Robôs com a cara e, a consciência da gente! Cifrão nas lentes de contato, e olhos míopes! Muitas privadas em qualquer parte da cidade, E muita gente dando descarga por toda parte. Pedintes, respirando mesmo ar, no estômago. Todos comem do mesmo, do cardápio capital. Broa pouca, no céu das bocas, lua mecânica. Os riachos secos, correndo os rios, nas veias... Usando desodorante, e, reclamando do calor! Ainda bem, o poeta, não seca as suas fontes! Albérico Silva
AlbéricoCarvalho
Enviado por AlbéricoCarvalho em 11/12/2023
Alterado em 11/12/2023 |