![]() FOMES... A fome é uma vergonha anda abraçada com o genocídio. As serpentes..., gemendo de fome no estômago, é a vida, Acendem os semáforos, sinal vermelho, suas Guernicas! E, as gargantas túrgidas e tumefactas, vomitam as sedes... Os cadáveres, festim, abutres às vezes os comem vivos!
Feridas abertas..., e graves..., expostas pingando sangue... O útero não seca e germinam sementes..., pari o calvário. As cercas, na boca, arames podres, caindo, aos pedaços! Bocas de lixo, salivando..., e os olhos comendo o almoço! E, muitas criaturas, comendo as, próprias gengivas cruas.
Comendo pedaços do ego, e, mastigando os pré-molares. As feridas no corpo horas são manjares, na alma açoites! Muita gente comendo pedaços de latas, e cacos de vidro, Afã de sorver, o que, restou dos lixos, banquete, repasto! Regurgitando o café para comer meio-dia, comer na ceia.
Carrega o país na cara mundo de miséria na adversidade; No jejum a, alforria liberta seu desejo e mata-lhe de fome! O mesmo carnaval e na quarta-feira, as cinzas o santifica, Os sinos nas igrejas conferem o milagre, a hóstia é carne! O Natal e Ano Novo, Memórias Póstumas de Brás Cubas! Albérico Silva
AlbéricoCarvalho
Enviado por AlbéricoCarvalho em 25/11/2024
Alterado em 27/11/2024 Copyright © 2024. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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