![]() DIÁLOGO COM ZÉ BRASIL
Ipsi-litere, Zés, sem cerimônia a vida ti cobra pedágios, ti plagia, ti esnoba. Cozem, nos, barros infames, estéreis, infelizes, e, rudes as, broas escassas, Sátiras desalmadas, Zés, luas minguadas, escárnios, nos céus da, tua boca! Que, sina Zé, fazem carnaval fora de época na tua vida, e puxa a marionete, E tu danças Zé, vítima de uma politicagem farinha pouca meu pirão primeiro. Que sufoco em amigo Zé, uma selva, por aqui, genuína casa de Mãe Joana! Que porra Zé tu a todo instante sobre o fio da navalha, vida precária, amorfa. Eita Cabra! Que luta desproporcional que vivencia duríssima, árdua a nossa... E os Estados Unidos, conta as nossas piadas, e o resto do mundo da risada.
E põe-te, Zé, “com o rabo entre as pernas”, e ti maltratam, ti espinhazam, Zé. As pestes sociais leiloam tua carne fraca tentativa de esconder tuas mazelas. Mas, não há vacina, Zé, que, cure suas fomes, que afaste de ti estes cutelos Tu e, tua, prole sangra e, os teus sonhos que não envelhecem e tua vontade. Sei não Zé, que sina e que vida escrota, vida puta, esfarrapada, desgraçada, Sacaneiam-te Zé, riem da tua cara, zombam, cerceiam os teus ideais, amigo. E tu singras esses mares deste mundo embrutecido, violento, vil, desalmado, Jornada infame Zé, sugam-te gota a gota, o, teu suor, teu sangue, a tua vida... E, tu ti refugias na imagem do Cristo, luz no fim do túnel a espera do milagre.
Sei não Zé, espere sentado. A vida ti castiga, cruza os braços, tu que se vire. E teus acúleos Zé são vozes desse calvário, dessas cruzes, que, tu padeces E tu exibes teus tilomas como troféus das tuas árduas pelejas, horas insanas... E, as, tuas proles, como façanha, a, alardear o Cabra-Macho, Mané-teimoso, Faz da branquinha rota de fuga, no afã, de driblar as tuas fomes, tuas dores! Obstina-se pôr-se de pé amparado pela esperança o raiar de novo amanhã. Que vida né Zé? Farinha pouca, educação fora do trilho e violência explícita! E teus espelhos ti espanta és tu mesmo Zé os ossos que dança e balançam... É Zé, a tua triste vida que plagia outras vidas e esfola-te vivo, mundo sicário. Albérico Silva AlbéricoCarvalho
Enviado por AlbéricoCarvalho em 17/03/2025
Alterado em 20/03/2025 Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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