O POETA E A ARTE

Define-se: “a arte é qualquer coisa”, acato, mas, a Ode, não é qualquer coisa...

As odes são sublimidades, um canto, que, da alma, do poeta, emerge, sua arte,

Lirismo que no amor põe asas, musicalidades, há simetria entre, poeta e a arte!

A arte é multifacetada a, poesia uma de suas facetas, singularidade, elocuções...

Analogicamente, o poeta, não é qualquer coisa, nem mesmo, metaforicamente!

Tão pouco, seus versos, são diatribes, pois, a sua mensagem é oceano de paz,

Sua inspiração, enternecimento, essências, emoção, pacifica e são esperanças...

Talvez, uma..., folha de papel amassada, formando um globo, o, artista plástico,

A, interprete como o, mundo o, qual vivemos, essas acrimônias, essa Guernica.

O poeta vai bem mais além, não ignora as esgrimas a sente na pele, como sua.

Daí, ser o poeta estóico, pinta as suas paisagens, não, a, emoldura dá-lhe asas...

A, subjetividade, do artista, em especial, o poeta, é particularíssima, e, privativa,

Na sua solidão consciente, o poeta nega-se de sentir o que não sente e doa-se!

Arte, como qualquer coisa não ofusca sua subjetividade, jeito dândi e, sonhador...

E seu silêncio são versos da sua poesia, alquimia e, não é propensão pelo ouro,

O metal, mas, uma panacéia a, propiciar que, o seu estro seja alimento da alma!

O orvalho condensado como gema de diamante oscula a folha arte da natureza,

O poeta faz da sua arte, adjutório põe as suas asas no seu poema, arte da vida!

Albérico Silva